O lado B da moeda

Uma coisa me deixa triste. E isto é para os que não conhecem, ou acabaram de conhecer o picolé FruttaMesmo:

Não. Não temos picolé de um real.
Não quero acreditar que os clientes de algumas marcas, famosas entre os pertencentes das classes C e D, e porque não da E, não saibam fazer contas simples.
Se um picolé é vendido nas ruas por 60 centavos por um lojista, ou por um ambulante, quanto  vocês acham que ele pagou para poder revender?
Mesmo que tenha conseguido comprar por 20 centavos (pois tem o custo da refrigeração, ou gelo seco, e equipamento que é a cargo de quem vende), acham mesmo que a empresa que fabricou isto não teve lucro?
Mas vamos supor que a empresa que vendeu por 20 centavos, e este foi o preço final de venda para o distribuidor (o que abaixaria ainda mais o preço por comprar milhares por vez) ou para o ambulante que vende para o consumidor final; vamos calcular por um momento isto:

20 centavos preço final de venda
10 centavos de custo total
destes dez vamos colocar: 2 de embalagem, 1 do palito, 2 de taxas, 1 de funcionários, 1 de energia+transporte+estocagem, e 3 de matéria prima.

3 de matéria prima!!!

Alguma coisa decente consegue realmente ser comprada e produzida por 3 centavos?

Pensem nisso...